Mãe australiana abandona filhos para se juntar ao Estado Islâmico

Mãe australiana abandona filhos para se juntar ao Estado Islâmico. Uma mãe, de Sydney, Austrália, abandonou seus dois filhos e fugiu para a Síria para uma nova vida com o grupo Estado Islâmico, informou a imprensa nesta terça-feira, tornando-se uma dos mais de 100 australianos que se juntaram aos jihadistas.

O governo australiano disse que estava profundamente perturbado com o relatório e que estava monitorando de perto a situação.

O Sydney Daily Telegraph disse que Jasmina Milovanov, uma muçulmana convertida de 26- anos, deixou seus filhos, com idades entre cinco e sete anos, com uma babá no início deste mês e nunca mais voltou.

O jornal citou o ex-marido, dizendo que ela enviou uma mensagem de texto dizendo-lhe que ela estava na Síria.

“A única coisa que penso é nos meus filhos. Eu não posso acreditar que ela deixou estas duas lindas crianças. Meu filho estava dizendo, dias depois que ela partiu, que “minha mãe é OK ‘”, disse o marido, que não foi identificado.

“Antes dela partir eu falei com ela (sobre suas mensagens extremadas no Facebook). Eu disse que isso era extremismo estúpido. Eu estava advertindo-a sobre com quem ela sai.”

Milovanov é amiga no Facebook de Zehra Duman de Melbourne, que é conhecida na Austrália como a “recrutadora de noivas para o jihad” e usa mídias sociais para atrair as mulheres para se juntar ao grupo militante.

O marido de Duman, Mahmoud Abdullatif teria sido morto lutando com o grupo Estado Islâmico no início deste ano.

Amigos de Milovanov, citados pelo “Telegraph”, disseram que muitas vezes ela tinha falado em casar com um combatente jihadista.

Os políciais do estado de New South Wales confirmaram que sua unidade de contra-terrorismo estava investigando.

“À medida que o assunto está sendo investigo pela polícia de NSW junto com a equipe de contra-terrorismo, não é apropriado fazer mais comentários”, disse um porta-voz.

Michael Keenan, nomeado esta semana como novo ministro da Austrália contra o terrorismo, disse que estava perturbado com o fato de uma mãe abandonar seus filhos.

“Esse relatório é, obviamente, muito preocupante. Ele faz você se perguntar o que poderia motivar alguém a fazer isso “, disse ele a repórteres.

“Certamente qualquer Australiano que se envolva neste conflito de qualquer forma é de grande preocupação para o governo australiano. Claramente estamos monitorando essa situação. ”

Mais de 100 australianos fugiram para lutar ao lado de jihadistas no Iraque e na Síria, com mais de 30 deles mortos, disse o governo.

Como muitos países, Canberra está às voltas com o problema de seus cidadãos estarem tornando-se radicais islâmicos.

Vários supostos planos terroristas foram frustrados no país este ano com o governo alocando mais de um bilhão de dólares australianos (US $ 782 milhões) para combater a ameaça.

A Austrália já introduziu uma série de medidas de segurança nacionais, incluindo a criminalização de viagens para locais considerados terroristas, e está considerando uma proposta para retirar a cidadania de dupla nacionalidade das pessoas ligadas aos jihadistas.

Fonte: GMA