Hillary Clinton, no dia 10 de março de 2015, em Nova York
O presidente da Câmara de Representantes, o republicano John Boehner, defendeu nesta terça-feira que Hillary Clinton, favorita dos democratas para disputar a Casa Branca em 2016, apresente seu servidor pessoal com e-mails a um analista independente.
Boehner espera que Hillary submeta à análise o servidor usado durante sua gestão como secretária de Estado (2009-2013), no âmbito de uma investigação parlamentar sobre os ataques em Benghazi.
Em setembro de 2012, a missão diplomática de Washington em Benghazi, no leste da Líbia, foi atacada e quatro americanos – entre eles o então embaixador dos EUA nesse país, Christopher Stevens – morreram.
Os republicanos acusam o governo de ter falhado na proteção do pessoal diplomático e criaram uma comissão de investigação, classificada como partidária pelos democratas.
“Os americanos merecem conhecer todos os fatos sobre o que aconteceu em Benghazi”, declarou Boehner.
“É por isso que é tão importante que Hillary entregue seu servidor pessoal para uma terceira parte neutra. É a forma mais justa para que tenhamos todos os documentos que pertencem ao público”, justificou Boehner.
Na semana passada, o jornal “The New York Times” revelou que Hillary Clinton escolheu se comunicar, durante o tempo que esteve no cargo, por meio de uma única conta de e-mail, com um servidor instalado em sua casa e sob o domínio @clintonemail.com – no lugar de uma conta oficial .gov.
Metade de suas mensagens foi classificada como oficial por seus advogados e transmitida ao Departamento de Estado, em dezembro passado. Todo esse material de correspondência será arquivado pelo governo. Nos Estados Unidos, as comunicações oficiais feitas de um e-mail pessoal também devem ser arquivadas.
O presidente da Câmara de Representantes John Boehner durante coletiva de imprensa em Washington, DC, no dia 17 de março de 2015
A outra metade – de ordem pessoal, garante Hillary – foi eliminada, o que corresponde a cerca de 30 mil e-mails enviados e recebidos entre março de 2009 e fevereiro de 2013.
São exatamente as mensagens que foram suprimidas que os republicanos querem examinar para ter certeza de que não há nenhum e-mail relacionado a Benghazi, ou a qualquer outro assunto relevante para o governo.
AFP
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