Marcelo Tofani: Mais um talento da geração de cantautores de Minas Gerais

Marcelo Tofani é um cantor e compositor filho caçula da borbulhância belo-horizontina.O músico acaba de lançar seu novo álbum, com 9 faixas, intitulado “Nada é Azul” lançado por meio de uma campanha de financiamento coletivo que realizou e ultrapassou a meta. Dono de uma voz expressiva, com agudos aveludados e dinâmicos, Tofani transforma a inconstância de seu espaço-tempo em um show com canções cheirando a asfalto do cotidiano urbano do jovem músico.

Aos 21 anos, o artista comprova a potência da nova geração de cantautores de Belo Horizonte-MG, misturando paisagens da música brasileira contemporânea à ambiência do pop psicodélico. O lançamento aconteceu no dia 27/4 no Galpão Cine Horto, em um show com as participações de Téo Nicácio, Marcelo Veronez, Mariana Canavellas, entre outros.

Tudo começou aos 12 anos de idade, quando Marcelo ganhou seu primeiro violão e na sua intimidade já esboçava suas primeiras canções, que sempre tiveram cunho muito pessoal. Agora, aos 21, o músico já carrega na bagagem um EP lançado no fim de 2014, custeado e produzido de forma totalmente independente, além de inúmeras apresentações dentro e fora de MG.

RELEASE “NADA É AZUL”:

“Nada é Azul” é o nome do primeiro disco cheio do cantor e compositor Marcelo Tofani. Aos 21 anos, o artista comprova a potência da nova geração de cantautores de Belo Horizonte, misturando paisagens da música brasileira contemporânea à ambiência do pop psicodélico. Sucessor do EP homônimo de 2014, o disco funde as diferentes influências musicais de Tofani – de talismãs da MPB, como Caetano, Gil e Beto Guedes, a contemporâneos como Luiz Gabriel Lopes, Jaloo e Tim Bernardes, passando pelos estrangeiros Mac Demarco, Tame Impala e Homeshake.

“A soma de referências reflete principalmente nos arranjos. É um disco de canção brasileira, mas que não fica só nisso. Tem muita coisa eletrônica, sintetizadores, camadas de guitarra flutuantes”, afirma, destacando a sonoridade pop de músicas como “Não Tem o Que Fazer (Só Lazer)”, composta com Dedé Santaklaus.

Tofani – que começou a tocar violão aos 13 anos – ressalta a influência direta dos músicos e “padrinhos” Téo Nicácio e Chicó do Céu, que assinam com ele, respectivamente, as faixas “Lagarto” e “Chão”. “São os caras que me adotaram como pupilo, que acreditaram no meu som. Aprendo muito com eles”, pontua, citando também a parceria com o paulista Teco Martins (ex-Rancore), registrada em “Rueiro”, música de Téo Nicácio. “Teco foi quem me acolheu em São Paulo, onde fiz um show que gerou a oportunidade de gravar o primeiro EP”, conta.

Além de Tofani (voz, violão e guitarra) e Santaklaus (bateria), a banda conta com Rafael Wolbert (baixo), Rafa Braga (guitarra), Pedro Fonseca (guitarra), Vitor Gabriel (guitarra e sintetizadores) e Leonardo Alves (percussão). Grande parte de “Nada é Azul” foi gravado, mixado e masterizado no estúdio Sonhos e Sons, de Marcus Viana, com produção assinada por João Viana, filho do veterano músico mineiro. Já algumas faixas foram gravadas por Tofani em casa, com co-produção de Gabriel Moulin. “Foi um processo bem interessante. São todos músicos muito ativos da cena mineira”, sublinha.

Dono de uma voz expressiva, com agudos aveludados e dinâmicos, Marcelo Tofani descortina em temas confessionais a modernidade de seu tempo, retratando o cotidiano urbano de um jovem belo-horizontino. “São músicas que dizem de histórias minhas e de amigos, que falam de afeto e amor, nos seus sentidos mais amplos. Letras pessoais, onde assumo gírias e cacoetes, mas que refletem questões do nosso tempo de uma forma muito sincera”, explica, citando a canção “Encomenda”, composta para o irmão quando o artista tinha apenas 15 anos.

Tofani lembra que o nome do álbum, trecho da música “Veneno”, faz um paralelo entre os diferentes significados da palavra azul. “No Brasil, ‘tudo azul’ é tudo bem, tudo certo. Já em outros lugares, como nos Estados Unidos, a palavra remete ao lamento, à melancolia. E acho que o disco tem esses dois lados. Algumas músicas são positivas, grandes, solares; outras são introspectivas, duras, soturnas”, diz. “E eu também sou assim. Sou da ‘zoeira’, mas também tenho meu lado emo”, diverte-se.

Financiado por meio de uma campanha de crowdfunding, “Nada é Azul” foi lançado virtualmente e já pode ser ouvido no Youtube. Abaixo outros vídeos com trabalhos anteriores do cantor.

Facebook: https://www.facebook.com/marcelotofanioficial
Instagram: https://www.instagram.com/marcelotofani/
Youtube: https://www.youtube.com/user/marcelotofanivideos

Da Redação by Cleo Oshiro

Cleo Oshiro
Últimos posts por Cleo Oshiro (exibir todos)