O jato Embraer E190 realizou na terça-feira (10) seu primeiro voo comercial no Japão, com a companhia aérea J-AIR, subsidiária da Japan Airlines. O voo inaugural da aeronave fabricada no Brasil ocorreu entre as cidades de Osaka e Kagoshima, trecho com cerca de 600 km.
Apesar da fama mundial, jatos da Embraer ainda são raros no Japão. O ingresso do primeiro E190 na frota da J-AIR elevou para 28 o atual número do modelos E-Jets em operação no Japão. Essa mesma companhia ainda opera 17 modelos E170 e outros sete E175.
“Estamos honrados por receber o primeiro E190 no Japão”, disse Tetsuya Onuki, presidente da J-AIR Corporation. “A combinação dos atuais E170 e os novos E190s em nossa frota nos dará maior flexibilidade para adequar nossos produtos e serviços às necessidades dos nossos clientes. Estamos confiantes que o E190, com novo interior de cabine e o serviço diferenciado da Classe J, vai proporcionar uma revigorante e confortável experiência de voo”, completou.
O E190 foi configurado pela JAL com duas classes de serviço e recebeu até assentos revestidos em “couro genuíno”, como cita o comunicado da Embraer. A aeronave da empresa japonesa possui 95 assentos – o E190 pode ser configurado com até 114 assentos.
O mercado de aviação doméstica do Japão é um dos mais agitados do mundo, embora já tenha vivido períodos ainda mais frenéticos. Devido a enorme demanda, muitas rotas curtas no país já foram operadas por jatos de grande porte, como a dupla Boeing 747 e 767, quase sempre configurados com apenas uma classe, o que rendia centenas de assentos.
Com o aumento dos custos dos combustíveis nas décadas de 1980 e 1990, e também com a expansão do sistema do trem-bala no Japão, o folêgo da aviação doméstica diminuiu, assim como o tamanho das aeronaves. Atualmente, o mercado japonês é atendido principalmente pela dupla Boeing 737 e os modelos da família Airbus A320.
Planta do interior do E190 configurado pela Japan Airlines, com 95 assentos (Embraer)
Mas o mercado doméstico japonês deve mudar ainda mais. Não só isso, os aviões terão de diminuir novamente para acompanhar a demanda de passageiros, que está em queda. E aí que entra a Embraer com os modelos da linha E-Jets.
Menores que os Boeing 737 e Airbus A320, mas praticamente com o mesmo alcance, os jatos da Embraer têm mais chances de decolarem com boas taxas de ocupação, tornando a operação da companhia rentável.
fonte: http://airway.uol.com.br/embraer-e190-estreia-no-japao-com-j-air/
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