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quinta-feira, 2024/04/18  11:54
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Índia ordena estoque de reserva de guerra e implantação de ativo depois de confronto violento com a China

Em meio a tensões latentes ao longo da Atual Linha de Controle, conflitos fronteiriços sem precedentes irromperam entre a Índia e a China no Vale de Galwan, no leste de Ladakh, na noite desta segunda-feira (15). O confronto levou a morte de pelo menos 20 militares indianos.

Índia ordena estoque de reserva de guerra e implantação de ativo depois de confronto violento com a China

Em meio a tensões latentes ao longo da Atual Linha de Controle, conflitos fronteiriços sem precedentes irromperam entre a Índia e a China no Vale de Galwan, no leste de Ladakh, na noite desta segunda-feira (15). O confronto levou a morte de pelo menos 20 militares indianos.

Numa reunião de alto nível presidida pelo primeiro-ministro, Narendra Modi, ontem à noite, as forças armadas do país receberam poder adicional para estocar reservas de guerra. Foi também dada luz verde à Marinha indiana para que esta possa colocar os seus ativos na região do Estreito de Malaca, onde pode combater os navios de guerra chineses. O Estreito de Malaca é um dos principais pontos de asfixia marítima do mundo e uma das principais rotas de navegação para os navios chineses.

De acordo com fontes, foi feito um apelo à coordenação das tres forças – Exército, Marinha e Força Aérea – para priorizar os requisitos, quando necessário. Da mesma forma, os recursos da Força Aérea, que inclui mais de 100 caças, também foram solicitados a se deslocarem para locais avançados.

Fontes acrescentaram que as forças estão operacionalmente prontas para o combate intensivo, mas a ordem para estocar reservas de munições é para mais de 20 dias de guerra.

O desenvolvimento ocorre após um brutal enfrentamento no Vale Galwan, no qual 20 soldados indianos, incluindo um oficial, foram mortos, enquanto na quarta-feira (17), fontes do exército disseram que outros quatro também se encontram em estado crítico.

“A perda de soldados em Galwan é profundamente perturbadora e dolorosa. Nossos soldados demonstraram coragem e valentia exemplar no cumprimento do dever e sacrificaram suas vidas nas mais altas tradições do exército indiano. A nação nunca esquecerá a sua bravura e sacrifício. O meu coração vai para as famílias dos soldados caídos. A nação está ombro a ombro com eles nesta hora difícil. Estamos orgulhosos da bravura e coragem dos bravos corações da Índia”, disse o Ministro da Defesa indiano, Rajnath Singh, numa declaração nesta quarta-feira (17).

Especialistas em imagens de satélite e o veterano do Exército Indiano, Raj, afirmaram que o Exército de Libertação do Povo acumulou concentrações maciças de tropas ao longo do rio Galwan.

“As imagens de satélite indicam que pelo menos uma, se não duas brigadas de armas combinadas, estão presentes no vale. Chegaram no mínimo, a partir de 14 de Maio, e desde então estão aumentando”, observou ele.

O Global Times, embora citando o Comando Militar do Tibet, relatou que os militares chineses tinham, recentemente, conduzido exercícios conjuntos visando a destruição de importantes centros hostis em uma região montanhosa. O exercício incluiu “sistemas de artilharia de longo alcance, sistemas de mísseis terra-ar, forças operacionais especiais, tropas de aviação do exército, forças de contra-medidas eletrônicas e tropas de engenharia e de guerra anti-química”,

Enquanto isso, em resposta aos conflitos fronteiriços entre a Índia e a China, o Departamento de Estado dos EUA disse: “Estamos monitorando de perto a situação entre as forças indianas e chinesas ao longo da Linha de Controle Atual. Notamos que os militares indianos anunciaram a morte de 20 soldados, e oferecemos as nossas condolências às suas famílias”.

Afirmando que ambos os gigantes armados com armas nucleares estão dispostos a desanuviar as tensões, os Estados Unidos ofereceram apoio para uma resolução pacífica.

Os laços fronteiriços entre a Índia e a China têm sido tensos há mais de um mês e uma série de reuniões de alto nível tem sido conduzidas para resolver a questão. No entanto, não se chegou a nenhuma conclusão até agora.

Durante o novo confronto entre tropas na região de Ladakh, ao longo da Atual Linha de Controlo, ou Line of actual Control (LAC), a fronteira de fato aceita pela Índia e pela China em 1993, cerca de 20 soldados indianos foram mortos. Também foram relatadas vítimas do lado chinês.

Enquanto o primeiro-ministro indiano Modi ainda não respondeu ao acontecimento, os ministérios das relações exteriores da Índia e da China acusaram-se mutuamente de violar os compromissos assumidos durante as conversações a nível de comandantes do exército, em 6 de Junho.