Arnaldo Brandão: Um dos grandes precursores do rock brasileiro.
Arnaldo Pires Brandão, cantor, compositor, baixista e músico multi instrumentista, sendo considerado um dos precursores do rock no Brasil. Foi membro de grupos fundamentais como A Bolha (nos anos 70), Brylho (anos 70) que gravou o sucesso “Noite do prazer”, em parceria com Cláudio Zoli e Paulo Zdanowski e Hanoi Hanoi nos anos 80. A música “Totalmente demais”, parceria com o poeta e letrista Tavinho Paes estourou nas paradas de sucesso. Arnaldo acompanhou Caetano Veloso em A Outra Banda da Terra e fez parte dos Doces Bárbaros (Gal, Gil, Caetano e Betânia). Gravou e tocou com Raul Seixas, Rita Lee, Jorge Mautner, Jorge Ben e Luis Melodia.
Em 2017 a Sony Music lançou em CD o primeiro LP do Hanoi Hanoi gravado há trinta anos atrás que contém os sucessos Totalmente Demais, Rádio Blá, Nem Sansão nem Dalila e Bonsucesso 68. A novidade são três músicas que não entraram no LP original, entre elas Renascença Rock que além da letra super atual de Tavinho Paes, tem um dos solos de guitarra mais furiosos do rock brasileiro tocado por Affonsinho Heliodoro. Hanoi Hanoi foi uma das principais bandas do rock dos anos 80, mesmo não contando com a publicidade de outros artistas roqueiros da época. Ela conquistou o seu espaço no cenário musical pelo seu próprio esforço e talento. Tiveram cinco álbuns gravados entre 1986 e 1995.
Foi o introdutor do slap (maneira percussiva de tocar as cordas do baixo) no país, deixando sua marca em gravações antológicas, como as de Odara (Caetano) e Negro Gato (Luis Melodia). Em sua faceta de compositor, Arnaldo integra a memória afetiva de gerações de brasileiros com suas composições. É co-autor de clássicos como “Rádio Blá”; “O tempo não pára”; “a noite do prazer” e “Totalmente Demais”, esta regravada com grande sucesso por Caetano Veloso em 86. Em 1987, Lobão gravou “Blá, blá, blá… Eu te amo” (Rádio Blá), parceria de Lobão, Arnaldo Brandão e Tavinho Paes, que foi incluída como tema da novela “Brega & Chique”, da Rede Globo.
Em 2004 foi o responsável pela direção e produção musical do projeto Baú do Raul, em homenagem a Raul Seixas, lançando pela gravadora Som Livre em CD e DVD, que recebeu prêmio de platina no mesmo ano. Em 2006 gravou e produziu o CD do grupo A Bolha com originais inéditas dos anos 70, para o filme “1972” de José Emílio Rondeau. Em sua carreira solo, o músico confirmou sua vocação para multiartista.
Seu disco “Amnésia Programada”, lançado em 2009, o músico tocou violão, guitarra, baixo, bateria, percussão e teclados, assinando todas as dez faixas, oito delas parcerias com Tavinho Paes – seu parceiro constante. Neste trabalho, Arnaldo fugiu dos rótulos fáceis entre o Rock e a MPB e apresenta uma obra atual, cheia de tiradas instigantes, síntese das influências musicais que ele encontrou ao longo de sua carreira.
A Bolha, criada pelos irmãos César e Renato Ladeira, inicialmente tocava apenas covers. Em 1968 a banda lançou seu primeiro compacto, “The Bubbles”, composto por versões de músicas das bandas The Rolling Stones (Inglaterra) e Los Shakers (Uruguai). Em 1969, Arnaldo Brandão e Pedro Lima entraram para a banda, e começaram a compor músicas próprias. Em 1970, Jards Macalé, diretor musical de Gal Costa, convidou The Bubbles para acompanhar a cantora em um show dirigido por Hélio Oiticica na Boate Sucata.
O show fez grande sucesso e a banda seguiu acompanhando Gal em apresentações no Brasil e em Portugal. Já na Europa, passando pelo Festival da Ilha de Wight, Arnaldo decidiu começar a compor em português e convenceu a banda a mudar seu nome para A Bolha. Em 1971, A Bolha lança seu compacto com as músicas “Sem Nada” e “18:30”, de Geraldo Carneiro e Eduardo Souto Neto, pelo qual a banda recebeu o prêmio de Melhor Conjunto no Festival Internacional da Canção.
Em 1974, Raul Seixas convidou A Bolha para gravar seu primeiro compacto duplo, com as músicas “Como vovó já dizia”; “Não pare na pista”; O primeiro LP “Um Passo à Frente” foi lançado em 1973 e o segundo, “É Proibido Fumar”, em 1977.
A Bolha foi embrião para o surgimento de outros grupos que conquistaram notoriedade, entre eles: Hanói Hanói; A Outra Banda da Terra (que acompanhou Caetano Veloso), A Cor do Som e Herva Doce.
A Bolha ainda tem fãs em todo mundo. O álbum “Um passo a Frente” foi relançado duas vezes, em 1990 e em 2009, na Europa e no Japão. Em 2010, o selo europeu Groovie Records, lançou em vinil uma coletânea de todos os compactos do The Bubbles e A Bolha, no LP “The Bubbles – Raw and unreleased”.
Arnaldo continua se apresentando por todo o Brasil com a banda Hanói Hanói atraindo uma legião de fãs por onde passa. No dia 11 de agosto se apresentou para um grande público em Betim-MG na Funarbe e no dia 12 na Casa da Cultura de Betim (foto abaixo).
Integrantes do The Bubbles (1966): César e Renato Ladeira (guitarra e teclados), Lincoln Bittencourt (baixo) e Ricardo (bateria).
A Bolha (1969): Renato Ladeira (teclados), Pedro Lima (guitarra), Arnaldo Brandão (baixo) e Gustavo Schroeter (bateria).
A Bolha (2005): Arnaldo Brandão (baixo), Pedro Lima (guitarra), Renato Ladeira (teclados) e Gustavo Schroeter (bateria).
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Da Redação by Cleo Oshiro
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