Túlio Mourão: Protagonista de uma rica história dentro da Música Brasileira.

A música instrumental de Túlio Mourão se apoia numa consistente construção melódica. O exercício e a vivência como premiado autor de trilhas sonoras lhe permite criar temas que estão muito longe de meros pretextos para improvisação. Túlio busca um perfil pessoal e original dentro da música instrumental brasileira, metabolizando elementos que vão da música erudita aos cânticos religiosos da tradição sacra e popular de Minas Gerais. O pianista exercita um perfil mais brasileiro e rítmico através de uma estimulante dinâmica entre a mão esquerda e direita, resultando numa síntese batizada de jazzmineiro.Mineiro de Divinópolis, Túlio Mourão é protagonista de uma rica história dentro da Música Brasileira. Integrou a banda Mutantes na fase do rock progressivo e em seguida esteve na banda de artistas como Milton Nascimento, Maria Bethânia, Chico Buarque, Ney Matogrosso, Fagner, entre outros.

Suas canções têm parceria com Milton Nascimento, Adélia Prado,  Fernando Brant, Márcio Borges, Ronaldo Bastos, Abel Silva, Sérgio Dias,Tavinho Moura, Murilo Antunes  e Nelson Motta, e foram gravadas por nomes como Milton Nascimento, Maria Bethânia, Nara Leão, Ney Matogrosso, Zimbo trio, Eugênia  Melo e Castro. Merecem destaque a gravação das músicas :” Depois da paixão ” com o guitarrista Pat Metheny e  “a primeira estrela” pelo saxofonista americano Bob Berg, numa produção assinada por Chic Corea  e participação  de músicos notáveis como Steve Gad, Victor Bailey,  e Gil Goldstein.Túlio Mourão é o responsável por várias trilhas sonoras em filmes, entre eles: Jorge, Um Brasileiro (Prêmio de melhor trilha sonora de 1989)- Estrela De Oito Pontas (Melhor trilha sonora de curta-metragem do Festival de Gramado)- O Viajante (Melhor música de 1998 no Festival de Brasília)- Vagas Para Moças De Fino Trato- O Vestido- Mandinga e do espetáculo Terras De Livres (ao ar livre em São João Del Rey – MG).

Entre seus projetos consta o TRAVESSIA”: O encontro de Túlio Mourão e Célio Balona é antes de tudo um encontro de maestria e de extrema beleza. Músicos de talento e prestígio reconhecido em vastas fronteiras os artistas celebram a maturidade, que na arte instrumental chega como sinônimo de domínio do instrumento, intimidade com o dilatado universo de possibilidades e liberdade para expressão de valioso acervo interior. Célio é músico mineiro, compositor, arranjador, tecladista, acordeonista.

O Clube da Esquina, entendido como movimento coletivo criativo, desenhou para o país a utopia de um Brasil fraterno, justo, belo, amigo, tentadoramente possível… tentadoramente próximo!

Outro dos seus projetos: AFINIDADES” aposta na força gerada pelo encontro de melodias cativantes, conduzidas pela voz de Dona Jandira (79), cantora alagoana que reúne carisma, grande originalidade na execução das canções e ainda um raro sentido de autenticidade e emoção. Voz singular, madura e timbre forte. Essas são as principais características de Dona Jandira, uma das maiores revelações dos últimos anos.

O pianista Túlio Mourão se coloca como de elemento de ligação com as referências mais contemporâneas e cosmopolitas, unindo solida bagagem erudita a um contexto de influências que vão da MPB ao jazz com dilatado espaço para a improvisação. O repertório é marcado pela singeleza e a espontaneidade e inclui, entre outras pérolas, Nada além, em versão de Mário Lago/Custódio Mesquita e Só você – (Only You), de Buck Ram, em versão de de Júlio Nagib.

O projeto “PAIXÃO E FÉ” aposta na dimensão crítica e reflexiva da arte para trazer indagação e sensibilização com foco na inquietante dicotomia que une fragilidade e violência em inaceitável continuidade na história do país. De um lado comunidades carentes, gente humilde, mas detentora de precioso tesouro humanista em forma de cultura singular, espontânea, local – tão única quanto frágil. Uma resposta poética à tragédia de Mariana.O CD foi gravado em 2017 na cidade de Congonhas. Sintonizados com o delicado momento que o país atravessa, os artistas encontraram na cidade, povoada pela rica arte barroca e vítima da atuação implacável da mineração, o ambiente ideal para o objetivo central da parceria: derramar poesias sobre um quadro de incertezas, antagonismo e fragmentação.

O formato voz e piano juntamente com a cantora Titane, se configura sob medida para o espírito da proposta. Para ecoar a fragilidade, os músicos se despem de excessos e buscam máxima transparência para o sentimento e emoção que, mais do que nunca, os une na certeza de que a dimensão poética é revelação de sentido para a vida. Intérprete por excelência, Titane faz parte da geração que renovou a MPB nos anos 80, e é detentora de um raro sentido de identificação e autenticidade em sintonia com a música de Minas.PROJETO COME TOGETHER: O transcorrer do tempo tem contribuído para fixar a constatação de que as canções nascidas da dupla Lennon McCartney há muito migraram de um fenômeno jovem local dos anos sessenta para o que hoje se percebe como música planetária onipresente e eterna.
Mais recentemente notáveis músicos da esfera do jazz tem aderido a beatlemania e associado sua capacidade de improviso aos temas criados pelo quarteto inglês.
Para o músico Túlio Mourão, tocar Beatles não é questão de escolha, mas muito mais uma questão de identidade.

Toda essa identidade e fascinação se transformou no CD Come Together – Tulio Mourão Plays Beatles, lançado em Janeiro de 2015 no Cine Theatro Brasil, em Belo Horizonte.
No show Come Together -Túlio Mourão Plays Beatles, o músico presta tributo a melodias que tiveram força e encanto para arrasta-lo para a vida de músico profissional. She´s Leaving Home, Eleanor Rigby, Lady Madonna, Can´t buy me Love, blackbird, entre outras.

O projeto TEIAS, entrelaça duas gerações de músicos mineiros em um momento raro na música brasileira, a reunião de dois pianos. O formato permite uma enorme riqueza melódica, harmônica, rítmica e de timbres. A concepção do trabalho explora o piano em todas as suas possibilidades, prezando pela liberdade criativa, com muito espaço para improvisação e contribuições individuais para a sonoridade.

No repertório estão composições autorais de Rafa Castro e Túlio Mourão, além de releituras do cancioneiro popular brasileiro, como “O Trem Azul”, de Lô Borges; e clássicos de Milton Nascimento, Tom Jobim, Caetano Veloso, Dorival Caymmi e Noel Rosa. Mais que uma exaltação à música, Teias é um autêntico emaranhado de vertentes artísticas, tecidas em cores, linhas, luzes, sensações e melodias.

Projeto MUTANTES: Tudo aconteceu há quase 40 anos atrás. Após a saída da Rita Lee dos Mutantes, (na década de 70) – Sérgio Dias (voz e guitarra) já em sintonia com  um novo som para o grupo, convidou os músicos Túlio Mourão (teclados), Antônio Pedro de Medeiros (baixo) e Rui Motta (bateria) para se juntarem a ele. O novo Mutantes durou pouco mais de três anos, mas entre muitos shows, eles gravaram o disco TUDO FOI FEITO PELO SOL que logo se tornou um clássico do rock brasileiro, e hoje é considerado entre os aficionados verdadeira relíquia e um dos mais importantes CDs de todos os tempos da música brasileira. Sucesso no Brasil e exterior o CD foi elogiado por Kurt Cobain do Nirvana e por Julian Lennon (filho do Beatle John Lennon).

Se hoje existe um consenso histórico  consagrando os Mutantes como maior grupo de rock brasileiro em todos os tempos, é fato pouco divulgado que o prestígio internacional dos mutantes nos anos 80 deve bastante a TUDO FOI FEITO PELO SOL. Nessa época, a penúltima obra lançada pela banda de Sérgio Dias era cultuada por colecionadores europeus e reputada como o melhor disco do progressivo brasileiro.

Depois de mais de quatro décadas, Os Mutantes se uniram para tocar o álbum TUDO FOI FEITO PELO SOL, o grande clássico da banda, lançado em 1974. O retorno aconteceu pela primeira vez no festival Psicodália 2012, onde Os Mutantes se apresentaram para mais de 4.000 pessoas, e em 2013 no Sesc Palladium, em Belo Horizonte, soldout no teatro de 1.200 lugares. Abaixo a formação de “Tudo Foi Feito Pelo Sol” reunida em 2012: Esmeria Bulgari, Túlio Mourão, Sérgio Dias, Antônio Pedro, Rui Motta e Fábio Recco.O show marcou o reencontro no palco da formação original do disco, que é o mais vendido da história dos Mutantes e, ainda, o que agregou maior número de fãs pelo mundo.

Projeto EM OFERTA: O músico atualiza seu lado criador de canções e dilata seu círculo de parceiros.  No show, duas vozes femininas  – Fran Curi e Luiza Lara – assumem os vocais, apresentando as canções  em arranjos  dinâmicos, com banda  formada por piano, baixo, bateria, violão e guitarra.

Projeto MANGABEIRAS: Neste espetáculo de piano e violão que já passou por festivais nacionais e internacionais, os músicos /compositores Tulio Mourão e Nonato Luiz interpretam temas autorais.O programa NOTURNO é voltado para apreciação da música instrumental. Ao colocar a música dentro de um contexto audiovisual de qualidade, o programa ressalta ao público o alto nível e a versatilidade dos músicos apresentados. Nomes como Stanley Jordan, Paulo Moura, Jon Hendricks, Ron Carter, Cesar Camargo Mariano, Gilson Peranzzetta e Hermeto Pascoal já passaram pelo Noturno.

ORQUESTRA JOVEM DE DIVINÓPOLIS: Túlio Mourão é o diretor artístico do projeto, que é uma ação estruturante e permanente de formação artística e cultural e tem por base um núcleo de ensino de música com perfil de inclusão social, oferecendo alternativa de aprimoramento pessoal, qualificação profissional e integração assistida para a jovens de Divinópolis.

Túlio estará presente no Festival Internacional de Jazz de Ouro Preto(MG) que vai acontecer de 17 a 20 de maio, repleto de boa música invadindo as ladeiras da histórica Ouro Preto. O evento recebeu o selo de qualidade da prestigiada Down Beat que o elegeu entre os 10 melhores festivais de jazz do mundo.

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Da Redação by Cleo Oshiro

Cleo Oshiro
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