Julia e João Bosco: Dueto maravilhoso na canção “Ultraleve”.

A cantora Julia Bosco participou de uma das canções do novo álbum do pai, o cantor, compositor e violonista mineiro João Bosco,  após 8 anos do ultimo CD de inéditas “Não vou pro céu, mas já vivo no chão”. O álbum “Mano que zuera” foi lançado em outubro e contou com a participação dos dois filhos do cantor, Julia e Chico. A música “Ultraleve”, ganhou um clipe lindíssimo onde pai e filha fazem um dueto fascinante em meio a imagens exibidas de um Rio de Janeiro lindo e maravilhoso, sob a direção do conceituado Jorge Bispo. A melodia é uma parceria com Arnaldo Antunes (ex- Titãs).As cenas foram gravadas no “Solar dos Abacaxis” – Rio de Janeiro, e o clipe teve sua estreia dia 11/12 no canal da “Som Livre” no Youtube. João Bosco que foi homenageado recentemente com o “Prêmio à Excelência Musical da Academia Latina da Gravação”, durante a “18ª Entrega Anual do Grammy Latino” está numa fase toda especial da sua carreira e com um trabalho musical digno do grande mestre da música que é, seja no Brasil ou exterior.

A filha Julia Bosco (37) cantora e compositora, nasceu em 27 de janeiro de 1980 na cidade do Rio de Janeiro. A paixão pela música aconteceu muito cedo, aos quatro anos de idade, quando a mãe Angela Mucci (artista plástica) a colocava para dormir, ela não pedia para ler historinhas, mas que sua mãe colocasse o disco daquela moça : A voz que ninava Julia, era nada menos que “Billie Holiday”, uma dos grandes ícones da história do jazz. A influência musical, herança recebida do pai a levou a cantar e compor ainda na infância e aprimorar seu gosto musical, onde ouvia de Sarah Vaughan, Nina Simone, Elis Regina, Vinicius de Moraes, Dolores Duran, Milton Nascimento, Clara Nunes, João Gilberto entre outros. O primeiro disco de Julia foi “Tempo”, lançado em 2012 em parceria com Fabio Santanna (seu marido na época).  O segundo CD da cantora, “Dance com seu inimigo” foi lançado em agosto de 2016, revelando uma Julia sensual, evoluída e amadurecida musicalmente, mostrando que ela chegou para ficar e conquistar seu espaço na música. Julia tem uma voz com estilo, personalidade e ideias, para além do charme do timbre “meio antigo”.

Uma voz com olhar – sensível, irônico, olhar de cronista atenta às urgências e carências dos relacionamentos e dos não-relacionamentos contemporâneos. A produção, os arranjos e as escolhas musicais do produtor e tecladista carioca Donatinho (filho do músico João Donato e considerado o mago contemporâneo dos sintetizadores) sublinham a assinatura de Julia Bosco, fazendo acenos oitentistas que funcionam como pontes multigeracionais (afinal, os anos 80 foram viagens diferentes para cada turma – e mais diferentes ainda para quem nasceu depois do fim deles).

Julia faz um trabalho paralelo a sua carreira solo, com o grupo “Três Quartos”, se apresentando com os músicos Emerson Leal e Gustavo Macacko. O grupo gravou um EP em agosto de 2017.

Dona de um corpo exuberante, em 2017 Julia se aventurou no mundo da moda numa parceria com a a estilista e empresária Fabiana Ouverney, responsável pelas criações do atelier “Ana Fulana”, especialista em lingeries finas e costura sob medida. Fabiana faz um trabalho exclusivo ao confeccionar peças únicas que respeitem a forma e o estilo das mulheres em geral, sendo assim ela e Julia criaram a coleção “Plus Love”. Todas as peças da coleção levam o nome (ou trecho) de uma música da Julia.

Julia que não para, está se preparando para lançar seu primeiro livro “Aforismos e desaforos sobre sexo”, amor e ressaca com uma coletânea bem divertida dos seus posts publicados nas suas redes sociais (geralmente no Facebook) e que fazem um grande sucesso entre os amigos reais, virtuais e os 12 mil seguidores da cantora. O lançamento será no dia 15 de dezembro, no Blooks Botafogo-Praia de Botafogo-RJ. 

Website: http://juliabosco.com/
Facebook: https://www.facebook.com/JuliaBoscoMusic/
Youtube: https://www.youtube.com/user/juliaboscomusic

João Bosco (71) já havia lançado em setembro a canção “Onde estiver” em parceria com o filho compositor, escritor e filósofo Francisco Bosco (Chico). A melodia nasceu de conversas entre pai e filho.

Quando fiz esta canção senti um pouco isso, que era uma canção que queria contar uma história, que essa história envolveria pessoas, e que essas pessoas ficariam comprometidas com essa canção. Falei sobre isso com o Chico, mostrei para ele a música, falamos sobre o Dylan, e o Chico então voltou com  “Onde estiver”, conta João Bosco em comunicado à imprensa. “Sempre gostei daquela forma do Bob Dylan de incluir na canção uma história, logo quando ele gravou “Like a rolling stone, Blowin in the wind”. Das 11 faixas do álbum, 5 são parcerias de João e Chico.

João Bosco de Freitas Mucci nasceu em Ponte Nova – MG no dia 13 de julho de 1946, numa família de dez filhos cheia de atributos musicais. Irmão do cantor e compositor Tunai, cresceu ouvindo a mãe tocando violino e as irmãs piano. Aos 12 anos se interessou pelo violão e no ano de 1962, aos 16 anos se mudou para Ouro Preto para estudar. Em 1967 conheceu o cantor e compositor Vinícius de Morais na casa do pintor Carlos Scliar e do Ivan Marquetti em Ouro Preto-MG. Com Vinícius compôs várias canções: Samba do Pouso, O mergulhador, Rosa-dos-ventos, entre outras. Anos mais tarde Carlos Scliar foi padrinho de casamento do João e o autor da capa do primeiro disco do cantor gravado pela RCA Vitor em 1973.

Em 1969 conheceu o compositor Aldir Blanc, iniciando uma linda parceria com mais de 100 canções de sucesso, entre elas: O bêbado e a equilibrista, Falso brilhante, O mestre sala dos mares, Corsário, Fantasia entre muitas outras. Em 1972, cantou e tocou violão na primeira gravação de uma música da dupla: Agnus sei, lançada no primeiro Disco de Bolso, produzido pelo semanário O Pasquim, que lançava também Águas de Março. João conheceu Elis Regina em 1972 que gravou Bala com Bala, parceria com Aldir Blanc e a primeira música da dupla a fazer sucesso. O primeiro disco do cantor foi em 1973 e após esse João lançou muitos outros, até 2009 com o álbum Não Vou Pro Céu, Mas Já Não Vivo no Chão. A dupla que compôs o grande sucesso O bêbado e a equilibrista em 1979 na voz de Elis Regina, manteve a parceria até o final dos anos 80.

Em 1983 se apresentou ao lado de Caetano Veloso e Ney Matogrosso no XVII Festival de Montreux (Suíça). O show foi registrado no LP “Brazil Night – ao vivo em Montreux”. Participou em 1984 do Festival Yamaha (Japão) com “Prêt-à-porter de tafetá”, contemplada com o prêmio de Melhor Música. A canção foi registrada em seu LP “Gagabirô”, lançado nesse mesmo ano.

Em 2012 gravou o CD e DVD 40 Anos Depois, reunindo canções do seu riquíssimo repertório da sua longa trajetória musical, com participações especiais de Milton Nascimento, João Donato, Chico Buarque, Toninho Horta, Sandra de Sá entre outros.

Em 2016, João Bosco participou do 13ª edição do Mimo Festival realizado no Rio de Janeiro, um evento com várias atrações de música, cinema, educação e poesia, tendo reunido 20 concertos de artistas consagrados mundialmente, como Jacky Terrasson & Stéphane Belmondo, Pat Thomas & Kwashibu Area Band, Totó la Momposina, João Bosco, Hamilton de Holanda, Alice Caymmi, Antonio Nóbrega e Ney Matogrosso. Os tradicionais concertos ao ar livre foram realizados na Praça Paris, Igrejas como a Candelária e Outeiro da Glória.

Cesar Camargo Mariano,  amigo de João Bosco há 45 anos recebeu a missão de entregar o Grammy à Excelência Musical ao homenageado, em Las Vegas. Cesar concorria ao Grammy Latino na categoria de Melhor Álbum Instrumental.

Facebook: https://www.facebook.com/oficialjoaobosco

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Cleo Oshiro
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