Depois dos EUA, Israel anuncia saída da UNESCO.
Israel anunciou, nesta quinta-feira (12), sua saída da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), depois que os EUA fizeram o mesmo, condenando o que dizem ser o preconceito anti-israelita.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, “deu instruções ao ministro dos Negócios Estrangeiros para preparar a saída de Israel da organização, paralelamente aos Estados Unidos”, informou, em comunicado, o gabinete do chefe do Governo israelense.
“A UNESCO tornou-se um teatro do absurdo, onde se deforma a história em vez de a preservar”, diz a mesma nota.
Os EUA anunciaram nesta quinta-feira que se retiram deste organismo da ONU, invocando “preocupações com os atrasos crescentes na UNESCO, a necessidade de uma reforma fundamental da organização e o permanente preconceito anti-Israel”.
Nos últimos anos, a organização aprovou várias resoluções muito criticadas por Israel, principalmente textos que omitem a vinculação judaica à Esplanada das Mesquitas de Jerusalém.
Além disso, em julho passado, a Cidade Velha de Hebron (Palestina) foi incluída entre os 21 novos locais da Lista de Patrimônio Mundial, decisão que levou Israel a anunciar que iria retirar um milhão de dólares na sua contribuição às Nações Unidas, e que os Estados Unidos consideraram “trágica”.
Desde a chegada de Donald Trump à Casa Branca, os EUA alinharam-se muito claramente com Israel nas Nações Unidas, denunciando, repetidamente, a suposta parcialidade contra o seu parceiro dentro da UNESCO.
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