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sábado, 2024/04/20  10:12
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Japão e EUA concordam em medidas para monitorar militares norte-americanos

Japão e EUA concordam em medidas para monitorar militares norte-americanos. O secretário de defesa norte-americano, Ashton Carter, e seu equivalente japonês, Gen Nakatani, concordaram em aumentar o monitoramento dos militares dos EUA no Japão.

O secretário de defesa americano, Ashton Carter, e seu equivalente japonês, Gen Nakatani, se encontraram às margens do Diálogo Shangri-La, em Cingapura, e concordaram em aumentar o monitoramento dos militares norte-americanos no Japão sob o Acordo sobre Status das Forças (SOFA), declarou o Pentágono neste sábado.

“O secretário Carter e o ministro Nakatani decidiram se concentrar nas seguintes áreas: rever as práticas de implementação do SOFA em relação ao pessoal norte-americano sob status SOFA, inclusive componentes civis; fortalecer o monitoramento do status SOFA do pessoal norte-americano, inclusive componentes civis; e melhorar a educação e o treinamento do pessoal americano com status SOFA”, disse, em comunicado, o secretário de imprensa do Pentágono, Peter Cook.

Os dois oficiais confirmaram sua intenção de desenvolver essas medidas “na ocasião mais breve possível”, completou Cook.

No final de maio, o ex-fuzileiro norte-americano Kenneth Franklin Shinzato foi preso por suspeita de abandonar o corpo de uma mulher japonesa de 20 anos, perto da Base Aérea de Kadena, em Okinawa. A mulher, Rina Shimabukuro, desapareceu no dia 28 de abril e foi encontrada em uma floresta.

Franklin, supostamente, admitiu ter cometido o homicídio. Pouco depois, o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, declarou em uma entrevista coletiva conjunta, ao lado do Presidente Barack Obama, que o Japão implementaria novas medidas para proteger o povo de Okinawa.

O SOFA, é visto pelos habitantes locais como unilateral e excessivamente protetora dos norte-americanos.

Sob o SOFA, que nunca foi revisto, os promotores japoneses não pode indiciar membros das forças dos EUA ou seus “componentes civis” se as infrações são consideradas como tendo sido cometido quando em serviço.

O acordo diz que as autoridades norte-americanas têm, em princípio, o direito de exercer prioritariamente jurisdição sobre eles em tais casos.

O SOFA permite que um suspeito coopere com as investigações japoneses, apenas voluntariamente, em alguns casos.

Os Estados Unidos tem mostrado relutância em proceder uma revisão fundamental do SOFA, como é exigido pelo Governador de Okinawa, Takeshi Onaga, mas acredita que a forma como o acordo é aplicado pode ser melhorado.

Kenneth Franklin Shinzato é acusado de ter abandonado o corpo da mulher, porém, confessou ter abusado sexualmente e matá-la, mas não foi acusado de assassinato. Neste caso, o SOFA não levantou qualquer obstáculo às investigações.

Fonte:
Sputnik Brasil
Japan Today