Secretário de Estado norte-americano John Kerry faz visita histórica no memorial de Hiroshima. Secretário de Estado dos EUA John Kerry fez uma visita histórica no memorial de Hiroshima, no Japão, que comemora o primeiro bombardeio atômico do mundo.
É a primeira visita de um secretário de estado norte-americano a Hiroshima, onde morreram cerca de 140.000 pessoas quando os EUA soltaram uma bomba atômica em 1945.
Kerry foi acompanhado por ministros dos Negócios Exteriores do grupo G7 de nações, que estão mantendo conversações na cidade.
Eles depositaram coroas de flores no memorial e observaram um minuto de silêncio.
Os ministros também visitaram o “Bomb Dome”, sobre o qual a bomba atômica explodiu, e o “Hiroshima Museum” nas proximidades, que conta histórias das pessoas que morreram.
Kerry escreveu no livro de hospedes do museu, o seguinte: “um duro e austero lembrete, e nossa obrigação, não só de acabar com a ameaça das armas nucleares, mas a dedicar todo o esforço para evitar a guerra em si”.
O que aconteceu em Hiroshima?
Às 8:10, hora local, em 06 de agosto de 1945, o bombardeiro B-29 Enola Gay, norte-americano, lançou a bomba de urânio apelidado de “Little Boy” sobre Hiroshima. Ela explodiu a 600 metros (1,800ft) acima do que é agora o Domo da Paz de Hiroshima.
Cerca de 70.000 pessoas morreram imediatamente. Pelo menos 140.000 pessoas morreram pelos efeitos da radiação até o final do ano.
O bombardeio, e uma segunda bomba lançada sobre Nagasaki, três dias depois, forçaram o Japão a render-se, dando início ao fim da Segunda Guerra Mundial.
Porque a visita de John Kerry é importante?
A Presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, visitou Hiroshima em 2008, mas diplomatas norte-americanos têm, em grande parte, evitado visitas oficiais.
Muitos nos EUA acreditam que o bombardeio foi necessário para acabar com a guerra, e não querem que seus líderes tomem atitudes que possam ser vistas como um pedido de desculpas.
John Kerry disse, anteriormente, que em sua passagem por Hiroshima iria “revisitar o passado e honrar aqueles que pereceram”, mas ressaltou que sua viagem era “sobre o presente e o futuro”.
Ele vem em meio a esforços anteriores para fortalecer a relação entre os EUA e Japão, em particular com a crescente preocupação sobre a agressiva disputa territorial da China na Ásia, que afetam o Japão e outros aliados dos EUA.
Poderia haver outras visitas?
O presidente Barack Obama estará participando da cúpula de líderes do G7 no Japão, em maio, e há relatos que ele está considerando visitar Hiroshima.
Se isso acontecer, será a primeira vez que um presidente norte-americano, em exercício, visitaria Hiroshima.
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