Vânia Bastos: O fascínio de uma grande intérprete. Vânia Bastos iniciou sua carreira profissional no início dos anos 80 ao lado de Arrigo Barnabé, sendo solista de “Clara Crocodilo”- o disco marcante da chamada “Vanguarda Paulista”. Com Arrigo foi também a solista de “Tubarões Voadores”. Durante dois anos cantou com Itamar Assumpção na Banda Isca de Polícia. Em 1986 grava seu primeiro disco-solo e dentre seus dez trabalhos gravados tem discos lançados também no Japão e Europa. Dedicou Cds inteiros às canções de Caetano Veloso, Tom Jobim e Clube da Esquina, tendo as participações do próprio Caetano e de Milton Nascimento em gravações suas. Tem um único DVD, ”Tocar na Banda” , em comemoração a vários anos de vida artística. Neste momento a artista está lançando “nabocadolobo” , álbum totalmente dedicado à obra de Edu Lobo, um dos maiores compositores brasileiros. Ronaldo Rayol é o diretor musical, arranjador e violonista deste álbum, que conta também com a participação do próprio Edu Lobo.
Em 2013, além de apresentar-se em Lisboa no projeto “Ano do Brasil em Portugal”, deu início às homenagens ao centenário de Vinícius de Moraes com o show “O Poeta da Canção”, a convite da Francarlo Produções e com direção musical de Ronaldo Rayol. Também a convite de Francarlo deu início ao show “40 anos sem Pixinguinha”, ao lado de Marcos Paiva Trio, Selma Reis e Maria Alcina. Em 2014 Dorival Caymmi recebeu as homenagens de Vânia pelos 100 anos que faria, com o show “Quatro Vezes Caymmi, com direção de Thiago Marques Luiz.
Voz fundamental da música contemporânea, a cantora paulista, Vânia Bastos iniciou sua carreira artística na década de 80, ao lado de Arrigo Barnabé, ao integrar a histórica banda Sabor de Veneno (nos inesquecíveis LPs Clara Crocodilo e Tubarões Voadores).
Em 1986, gravou seu primeiro disco solo, que já apontava sua pluralidade como intérprete, especialmente no repertório apresentado, compostos por peças de Hermelino Neder, Arrigo Barnabé, Carlos Rennó, José Miguel Wisnik, com destaque para Esse Rapaz, composição de Eduardo Gudin, feita especialmente para a cantora.
E com Eduardo Gudin iniciou sólida parceria artística, em 1989, que resultou em temporada de shows no Sesc Pompéia, com gravação do disco Eduardo Gudin e Vânia Bastos. No ano seguinte, lançou seu segundo disco solo, com destaque para a canção Paulista, de Gudin e Costa Netto, trabalho que teve tiragem no exterior (Japão).
Em 1992, lança o disco Cantando Caetano, trabalho que contou com arranjos de Paulo Bellinati, e com a participação do próprio Caetano (na faixa “No dia que eu vim-me embora”).
Dois anos depois, em 1994, apresentou o disco “Canta Mais”, com destaque para duas músicas difundidas em telenovelas (Canta, canta mais, de Jobim e Vinícius, e Pálida, de Tavito e Aldir Blanc).
No ano seguinte grava Vânia Bastos e Cordas – Canções de Tom Jobim (1995), com piano e orquestração de Francis Hime. Em seguida, lançou “Diversões não eletrônicas” (1997), cujo tema “grandes arranjadores e maestros brasileiros” desdobrava-se em músicas inéditas e regravações. Com esse CD Vânia ganhou o Prêmio Movimento de Música na categoria “melhor disco vocal do ano”.
1999 foi o ano da gravação e lançamento de “Belas e Feras”, registrando composições apenas de mulheres brasileiras contemporâneas, dentre elas Marina Lima, Rita Lee, Ângela Ro Ro. Com esse trabalho viajou por todo o Brasil e seus shows foram acompanhados por um grande público. Em 2000 dividiu o palco em algumas apresentações com Ivan Lins e outras com Toquinho através do projeto Banco do Brasil. Também participou do CD Anjo de Mim, de Ivan, na faixa “Te Amo”.
Em 2003, grava Vânia Bastos canta Clube da Esquina , produzido por Marco Mazzola, com piano e arranjos de Luiz Avellar. Neste trabalho, foi abraçada pelos cânones Milton Nascimento (que participa do disco, na faixa San Vicente), e Fernando Brant (autor do release do disco).
No decorrer de seu percurso artístico, participou de inúmeros projetos e discos: trilhas sonoras (do filme Cidade Oculta; das telenovelas Fera Ferida, Éramos Seis e Fascinação; do infantil Castelo Rá Tim Bum), CDs temáticos sobre obras e autores (O Mestre Léo Peracchi e a Jazz Sinfônica – canções de Tom e Vinícius, Cartola Bate outra Vez, Songbook Dorival
Caymmi, entre outros), além de constante atuação em shows solos, ou lado de importantes nomes da música brasileira.
Neste primeiro trabalho gravado ao vivo, Vânia expõe a alegria irrefreável de uma carreira celebrada em mais de duas décadas, oferecendo aos ouvintes-espectadores um apanhado de seu repertório clássico, composto por Jobim, Caetano, Arrigo, Gudin, Itamar, entre outros nomes que integram seu eclético conjunto de obra.
Atualmente está divulgando seu mais recente CD “Nabocadolobo”, voltado inteiramente à obra de Edu Lobo, que contou inclusive com a participação dele próprio em uma das faixas.
Tal disco tem recebido ótimas críticas por todo o Brasil, por seu caráter altamente brasileiro , pela qualidade sonora das composições de Edu e pelos arranjos e direção musical de Ronaldo Rayol.
(release escrito com a colaboração de Heron Coelho)
Texto de Fernando Brant (in memoriam), sobre Vânia Bastos cantando Clube da Esquina
“É doce ouvir Vânia Bastos, mais doce ainda, ouvi-la cantando nossas canções. Ela veleja pelo interior de Minas como se de lá fosse, melhor, como uma pessoa sensível que consegue entender de pronto os mistérios e encantos profundos das montanhas e de sua gente.
Entende o que é tradição e o que é moderno naquelas paragens. A suavidade de seu canto e a inteligência de sua abordagem revelam novas paisagens, um gosto novo de sol, uma estrada que não imagináramos.
Nada será como antes depois deste delicado viajar de sua voz pelas nossas esquinas.
O seu cantar é só poesia, girassol a ventar em nosso quintal, a colorir de sol e lua o nosso pensamento. Se você deixar a voz de Vânia entrar em seus ouvidos e bater em seu coração feito nuvem, o movimento do mundo será outro e a vida vai fluir naturalmente.
Clareira aberta na canção brasileira contemporânea, Vânia é estrela de brilho próprio. Tece singela e despreocupadamente seu rumo por saber que colherá pérolas na manhã.
Em meio a tantas vozes que nada dizem, ela canta a beleza porque sabe que o belo não passa, que o sonho e o canto brasileiro não envelhecem quando bons.
Para quem gosta de música brasileira de qualidade, Vânia Bastos é cais, viagem com certeza de bons ventos, mar calmo de sonoridade eterna. Um gosto de sol no inverno que a indústria da música quer nos impor, mas nós não aceitamos”.
Radio Shiga by Cleo Oshiro
Website: http://www.vaniabastos.com.br/
Playlist Youtube: https://youtu.be/-P7DM8aUpvk?list=PL5bxZ28JAB94kSxlZtKWXD00BPVXCb0J7
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