O fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, disse que aceitará arresto da policia britânica caso o Grupo das Nações Unidas sobre Detenções Arbitrárias (WGAD na sigla em inglês) que investiga o seu caso se mostra contra a sua libertação. Agência Sputnick Brasil
A respetiva informação foi divulgada nesta quinta-feira (4) por via da conta oficial de WikiLeaks no Twitter.
“Se a ONU anunciar amanhã que eu perdi meu caso contra o Reino Unido e a Suécia, eu sairei da embaixada ao meio-dia na sexta-feira para aceitar a prisão pela polícia britânica, já que não há perspectiva significativa de novo apelo”, notou Assange.
Em 12 de setembro, 2014, Assange apresentou a sua queixa mais recente contra Londres e Estocolmo para o WGAD. O grupo deve concluir sua investigação e para anunciar sua decisão na sexta-feira (5).
Se a entidade da ONU fará decisão a favor do fundador de WikiLeaks, será claro que ele foi detido arbitrariamente. Quer dizer, neste caso a Suécia e o Reino Unido deverão libertar Assange imediatamente e compensar ele.
A mídia já informou que o grupo tinha tomado decisão a favor de Assange, mas a informação ainda não foi confirmada oficialmente.
Em 2006 Assange fundou o site WikiLeaks, que publica materiais segredos expondo a corrupção e crimes. Inicialmente, o alvo do site era descobrir e tornar públicos os casos de corrupção na Ásia Central, na China e na Rússia, mas o WikiLeaks também publicava muitas matérias sobre crimes do governo e empresas ocidentais. Assange foi o líder do grupo de nove coordenadores do site, mas ele não se considerava como “fundador”, senão como um “editor-chefe”.
Entre outras coisas, o site WikiLeaks divulgou, neste ano, documentos que comprovam que os acordos TiSA, TPP e TTIP, de cooperação econômica internacional, propugnados pelos EUA, prejudicarão as economias mundiais em uma tentativa de subjugá-las ao domínio dos Estados Unidos.
Em 2010, as autoridades suecas formalizaram acusações contra Assange por coerção sexual e estupro. Desde 2012, o fundador do WikiLeaks reside na embaixada do Equador em Londres para evitar extradição por autoridades suecas aos Estados Unidos, onde pode encarar processos criminais por espionagem e publicação de milhares de páginas de documentos confidenciais.
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