China furiosa pela passagem de navio dos EUA pelo Mar do Sul da China. As autoridades chinesas condenaram a passagem de um navio norte-americano. perto de ilhas em disputa no Mar da China Meridional, como sendo “ilegal”.
O destróier de mísseis teleguiados USS Lassen violou a zona de 12 milhas marítimas em torno de ilhas que a China afirma serem seu território, os recifes Subi e Mischief, no arquipélago Spratly.
A liberdade de operação de navegação é um sério desafio às reivindicações da China sobre as ilhas artificiais.
O Ministério das Relações Exteriores da China disse que o navio tinha sido advertido e caracterizou o ato como uma “ameaça à soberania da China”.
Lu Kang, o porta-voz, acrescentou que Pequim “resolutamente, irá responder às ações deliberadamente provocativas de qualquer país” e que o navio tinha sido “monitorado e advertido” enquanto estava em missão e entrou deliberadamente em águas disputadas.
Enquanto isso, o porta-voz do Departamento de Defesa dos Estados Unidos Comandante Bill Urban disse que “os Estados Unidos estão realizando operações de rotina no Mar do Sul da China, em conformidade com o direito internacional”.
A iniciativa foi bem acolhida por vários países da região da Ásia Oriental, incluindo as Filipinas e o Japão.
Dragagem
A China reclama a maioria dos mares do sul e leste da China. Outros países do Sudeste da Ásia têm reinvidicado, também, as Ilhas Spratly, Ilhas Paracel e Scarborough Shoal, que são consideradas ricas em recursos naturais.
Os recifes, que estavam submersos, foram transformadas em ilhas pela China por um projeto de dragagem maciço que começou no final de 2013.
A China diz que este trabalho é legal e em uma reunião com o presidente americano Barack Obama no mês passado em Washington, o presidente Xi Jinping disse que a China “não tinha intenção de militarizar” as ilhas.
Mas Washington acredita que Pequim está construindo instalações militares, destinadas a reforçar a sua reivindicação na disputa pela maior parte da região – uma grande zona de transporte marítimo.
O que é a liberdade de navegação?
O programa morte-americano “Freedom of Navigation” desafia o que considera ser “reivindicações excessivas” para oceanos e espaço aéreo do mundo.
O programa foi desenvolvido para promover a adesão à Convenção Internacional das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, embora os EUA não tenham formalmente ratificado o tratado.
Em 2013 e 2014, os EUA conduziram a operação “Freedom of Navigation” contra a China, a Malásia, as Filipinas, Taiwan e Vietnã – cada um dos quais ocupando parte de territórios no Mar do Sul da China.
O direito marítimo internacional permite que países reivindiquem a posse da área de 12 milhas marítimas em torno de ilhas naturais, mas não permite que as nações reivindiquem a posse de recursos submersos, que foram levantadas pela intervenção humana.
O secretário de Defesa dos Estados Unidos Ash Carter havia sinalizado, anteriormente. planos para a navegação, dizendo que os EUA “irão voar, navegar e operar onde quer que a lei internacional permita”.
Um alto funcionário da defesa dos EUA disse à agência Reuters que o navio de guerra começou a sua missão na manhã de terça-feira, hora local, perto dos recifes, e iria passar várias horas lá.
O USS Lassen, um destróier de mísseis teleguiados, seria escoltado por um avião de vigilância P-8A da marinha norte-americana e era esperado para ser acompanhado por um avião de vigilância P-8A da Marinha dos EUA e um avião de vigilância P-3, de acordo com o funcionário, não identificado, falando à mídia dos EUA.
Patrulhas adicionais podem seguir nas próximas semanas, acrescentou o funcionário.
USS Lassen
- O navio é um destróier de mísseis classe Arleigh Burke, que a Marinha dos EUA diz que está entre os destroiers mais poderosos já construídos.
- Tem 155m (509 pés) de comprimento com um deslocamento de 9.145 toneladas quando totalmente carregado.
- É tripulado por uma equipe de cerca de 330 homens.
- Transporta dois helicópteros Seahawk e usa o sistema de defesa Aegis.
- As armas incluem mísseis Tomahawk, RUM-139 ASROC mísseis anti-submarinos e de superfície-ar mísseis.
Fonte: Marinha norte-americana
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