Carol Andrade e Alex Maia: Uma parceria que deu certo. Carol Andrade nasceu em São Paulo em 11 de janeiro de 1978. É cantora, compositora e professora de canto. Com uma voz suave e marcante interpreta belas canções no seu CD “Outras Mulheres”, uma homenagem às compositoras ilustres da MPB como Dolores Duran, Chiquinha Gonzaga, Adriana Calcanhoto, Fátima Guedes, entre outras. Com arranjos e direção musical de Alex Maia esse CD traz os sucessos “Outra vez” de Isolda, “Estrada do Sol” de Dolores Duran e Tom Jobin, “Lança Perfume” de Rita Lee e Roberto de Carvalho, entre outras, assim como composições próprias da Carol Andrade. Alex Maia é um violonista e arranjador conceituado, em parceria com Carol Andrade revisitou a obra do cantor e compositor Gilberto Gil que deu origem ao show “A linha e o linho”.
Carol, seu interesse por instrumentos começou na infância?
Sim. Comecei a tocar violão aos 11 anos de idade por influência de minha mãe que tocava e cantava. Posteriormente estudei violão com o compositor Zé Modesto e o contato com esse artista foi muito importante para despertar meu desejo de fazer arte.
Então resolveu se aprimorar, com a descoberta do que queria realmente para sua vida?
Sim, decidi me dedicar totalmente à música. Em 1996 ingressei na Universidade Livre de Música Tom Jobim no Curso de Canto Popular onde estudei técnica vocal com a professora Magali Mussi. Na busca de aprendizado e contato com mestres, participei de várias cursos e oficinas com grandes mestres como José Miguel Wisnik (História da canção brasileira), Mônica Salmaso (Interpretação na música brasileira), Jane Duboc (Voz instrumento), Stênio Mendes (percussão corporal), dentre outros.
O início foi em carreira solo ou participou de bandas?
Fui vocalista da banda Jazz q. é blues. A banda (como o próprio nome menciona) interpretava clássicos do blues e do jazz e se apresentou em casas tradicionais da capital paulista como Sanja Jazz bar, All of Jazz, Bluenight, Café Piu Piu, dentre outras.
Quando aconteceu o encontro entre você e o violonista Alex Maia?
Nos conhecemos na banda Jazz q. é blues em 1997.
Como surgiu a parceria musical entre vocês?
Eu e o Alex tínhamos muitas afinidades artísticas e um interesse especial pela música brasileira, então desenvolvemos um projeto de MPB voz e violão e nos apresentamos durante vários anos em casas noturnas e eventos corporativos.
Houve um momento da sua carreira, que marcou de maneira especial?
Em 2001 estreei o show “Falando de Tom”. Nesse show cantei (em versos) a obra musical e (em prosa) a história de Tom Jobim. O show teve apenas duas apresentações mas foi crucial para que pudesse desenvolver um conceito de espetáculo musical que seria adotado e aprimorado ao longo de minha carreira.
Chegou a participar de festivais?
De 2004 a 2007 participei de diversos festivais e conquistei alguns prêmios como melhor intérprete além do 2º lugar no Festival de Santa Rita do Passa Quatro (SP) com a canção “Ausência” e 3º lugar no Festival de Araucária (PR) com a canção “Ventos”.
Quando aconteceu o primeiro disco?
Lancei meu primeiro disco intitulado “Vida Adentro” em 2005. Foi um disco autoral com arranjos voz e violão criados e executados por Alex Maia. O lançamento aconteceu no Teatro Folias, N.Ex.T, Espaço Cultural Grande Otelo, Sesc Pompéia, Livraria Cultura e da Vila, dentre outros. Para divulgação do disco, Alex e eu participamos de vários programas como Pra Você (Gazeta) e Depoimento (TV Assembléia), além da participação nas Rádio Jovem Pan AM e um programa especial na Rádio La Guaga na Argentina.
Gostaria que falasse sobre o Show “Outras Mulheres” que se transformou num disco…
Em 2009 estreei o show “Outras Mulheres”, uma homenagem às mulheres compositoras da música brasileira junto à apresentação de minhas canções inéditas. O show passou pelo Teatro Plínio Marcos, União Cultural, Espaço TU, Café Paon e Ao Vivo Music. Com o sucesso desse show surgiu o desejo de gravar o disco “Outras mulheres”. Ficamos 2 anos buscando maneiras de lançar o disco até que em 2012 o projeto “Outras mulheres” foi contemplado pelo ProAC do Estado de São Paulo. Com essa alavanca o disco foi lançado pelo selo Kalamata em julho de 2013. O show de lançamento aconteceu em consagrados espaços tais como: Museu da Casa Brasileira, Memorial da América Latina, Espaço Cachuera, Sesc Itaquera, Praça Vitor Civitta em São Paulo, Teatro Liceu em Campinas, Museu Histórico de Pindamonhangaba, Sesi Piracicaba e Photozofia em São Francisco Xavier. O disco teve uma ótima divulgação! Participei dos programas de TV “Jornal da Record News” (TV Record) e “Um dedo de prosa” (TV Assembléia), entrevistas nas rádios CBN e Rádio Cultura Brasil em São Paulo, FM Cultura em Porto Alegre, Inconfidência em Belo Horizonte, além de diversas matérias em importantes jornais do Brasil.
Sim. As canções do disco “Outras mulheres” foram difundidas na radio NDR na Alemanha e ORTS na Holanda.
Você se apresentou no exterior?
Fiz uma turnê européia em setembro de 2014 com o show “Outras Mulheres”. Me apresentei em importantes espaços culturais das cidades de Londres, Amsterdam e Bruxelas. Foi muito gratificante ver meu trabalho sendo reconhecido e elogiado no exterior.
A cantora Rosa Passos considerou você e o Alex Maia seus afilhados musicais. Conte como isso aconteceu.
A Rosa Passos é uma das maiores cantoras do mundo, eu sempre fui sua fã e ela tem grande influência na minha musicalidade. Eu queria muito que ela conhecesse meu trabalho então enviei por correio um disco “Outras Mulheres” para ela, junto com uma cartinha. Ela respondeu tecendo lindos comentários sobre o disco. Posteriormente publicou em sua página do facebook um vídeo meu com o Alex e nessa ocasião nos acolheu, publicamente, como seus afilhados. Foi uma grande honra e alegria para nós! O público da Rosa também nos acolheu e com isso ganhamos novas pessoas que tiveram acesso à nossa música, novos admiradores. E o mais importante, recebemos o carinho, o encorajamento e as orientações dessa grande artista da música brasileira.
Fale sobre seus novos projetos.
Atualmente estou na turnê do show “A linha e o linho” com canções de Gilberto Gil em comemoração aos 18 anos de parceria com Alex Maia. Já passamos por espaços como Museu de Arte Sacra em São Paulo, Photozofia (São Francisco Xavier/SP), Almanaque (Campinas) e Teatro São Pedro, Café Fon Fon e Fnac em Porto Alegre. Estou produzindo também meu terceiro disco chamado “Sorria” a ser lançado no primeiro trimestre de 2016.
Alex Maia, violonista e arranjador
Alex…e você? Como iniciou na música?
Comecei minha carreira musical tocando guitarra em bandas de rock e blues por toda a região de Ribeirão Preto, interior de São Paulo. Em 1997 entrei na banda Jazz q é blues e conheci a Carol Andrade. Juntos iniciamos um trabalho duo voz e violão , nos apresentando em bares e casas de shows da noite paulistana. Foi nessa ocasião que escolhi o violão como o instrumento no qual viria a me aperfeiçoar.
Então tem formação musical?
Estudei com o violonista e professor da Unicamp e da Universidade da Flórida, Ulisses Rocha de 2000 a 2005. Sou formado nos cursos de Harmonia e Rearmonização com o maestro Cláudio Leal Ferreira e há 4 anos faço master class com o violonista, compositor e arranjador Paulo Bellinatti.
Quando lançou seu primeiro disco?
Foi em 2005 o disco “Vida Adentro” em parceria com Carol Andrade, esse disco foi a chance de apresentar meu trabalho como compositor e arranjador.
Sim. No disco “Outras mulheres” assino os arranjos e a produção artística.
Para encerrar, qual sua atividade no momento?
Recentemente desenvolvi arranjos voz e violão para obras antológicas de Gilberto Gil que deu origem ao show “A linha e o linho”. Atualmente divido meu tempo na turnê desse show e nos arranjos e na produção do terceiro disco da Carol Andrade, “Sorria”. Também sou professor do IV&T (Instituto de violão e tecnologia) e coordenador da Prática de conjunto MPB da EM&T (Escola de Música e Tecnologia).
Da Redação by Cleo Oshiro
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Website: http://www.carolandrade.art.br
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