A China e Rússia estão preparando um grande avanço no setor aeroespacial, comparável com o primeiro voo espacial soviético-americano Apollo-Soyuz. Assim os especialistas russos comentaram o inicio da criação dos padrões únicos dos dois países para voos tripulados à Lua.
A aterragem de exploradores russos e chineses na Lua pode acontecer no meio da década de 2020, informou uma fonte na indústria espacial russa. O primeiro passo nesse sentido já foi feito – foi tomada a decisão unificar a tecnologia espacial.
“Em anos de 90, a China tem usado os desenvolvimentos soviéticos no campo da tecnologia espacial e criou seus próprios aparelhos com essa base. Ou seja, eles já usaram esses padrões que foram adotados aqui. Portanto, nesta fase, o desenvolvimento de normas comuns e de uma tecnologia unificada não deve ser um grande problema”, disse o acadêmico da Academia de Cosmonáutica da Rússia, Aleksandr Zheleznyakov.
Ele observou que tudo o que é relacionado à tecnologia para voos tripulados à Lua será tão aberto quanto possível entre os parceiros, mas a informação sobre os desenvolvimentos militares e questões de segurança nacional permanecerá fechada.
Na opinião de Sergei Filipenkov, editor da revista Aviapanorama e famoso especialista na área da medicina aeroespacial, a aterragem conjunta dos russos e chineses sobre a Lua poderá ser considerada como um evento histórico — ambos os países têm capacidade suficiente para isso:
“Chineses estão tendo bastante sucesso nos desenvolvimentos nesta área. Os satélites lunares deles trabalham muito bem, eles estão monitorando a superfície da Lua. A próxima tarefa da China é pousar lá. É possível que o voo para a Lua aconteça em um navio chinês com um rover lunar chinês”.
Entretanto, também há outra opinião – que a tripulação russo-chinesa poderá ser trazida para a Lua pelo foguete-portador russo Angara.
No futuro próximo a China pretende lançar novas estações automáticas para entregar as amostras de solo lunar para a Terra. Até agora, os cientistas têm estudado o solo do lado visível da Lua, e no lado oculto tais experiências ainda não foram realizadas. E este é o território pensado para a colonização pela China, notam os cientistas.
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